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Uso de nutracêuticos no controle de doenças osteoarticulares em cães – revisão de literatura

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Autor(a): Cecilia Sartori Zarif Hudson

Orientador(a): Mariana Yukari Hayasaki Porsani

Instituição: Médica-veterinária autônoma

Trabalho classificado na 7ª Edição (2021) do Prêmio de Pesquisa PremieRpet®.

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Índice

Resumo

As doenças osteoarticulares possuem grande incidência em cães e são responsáveis pela perda de mobilidade e redução da qualidade de vida em virtude das manifestações clínicas de dor. O tratamento é multimodal e consiste no uso de analgésicos e anti-inflamatórios, no entanto, inúmeras são as reações adversas do uso crônico desses medicamentos. Dessa forma, muitos estudos vêm sendo realizados na última década na busca de nutracêuticos capazes de melhorar as manifestações clínicas de cães com doenças osteoarticulares com baixo risco de complicações à saúde do paciente. Com isso destaca-se uso de ômega 3, colágeno desnaturado do tipo II, sulfato de condroitina e glucosamina. O objetivo dessa revisão de literatura é avaliar as evidências cientificas que tragam benefícios dessas suplementações em cães.

Palavras chaves: dor; suplementos dietéticos; condroitina; colágeno do tipo II; ômega 3; articulação; canino.

Introdução

As doenças osteoarticulares possuem grande incidência no atendimento de pequenos animais (BROWN, 2017). Estão associadas ao envelhecimento, degeneração ou distúrbios imunológicos (DEPARLE et al., 2005). Pode acometer cães independentemente do porte (ROUSH et al., 2010), no entanto, cães obesos e de raças grandes apresentam uma maior predisposição ao desenvolvimento dessa enfermidade (ROUSH et al., 2010).

A osteoartrite é caracterizada pela degeneração da cartilagem articular, hipertrofia óssea, perda de proteoglicanos e colágeno e alterações da membrana sinovial (CURTIS et al., 2000; FRITSCH et al., 2010a; ROUSH et al., 2010). Esse processo é mediado por enzimas com atividade proteolítica (metaloproteases) e a perda da matriz proteoglicana. A degradação do colágeno e colágeno tipo II ocorre pela ativação da colagenase, sendo o principal fator que contribui para a progressão da doença (RYU et al., 1984; CURTIS et al., 2000). A exposição da cartilagem articular a citocinas inflamatórias como IL-1 e TNF-α facilita o processo de destruição e catabolismo característico das artrites (SANDY et al., 1991; AYDELOTTE et al., 1992; ILIC et al., 1992; ARNER et al., 1998). Como consequência, as doenças osteoarticulares levam ao enrijecimento das articulações e como consequências manifestações de claudicação, dor e perda da mobilidade (PASTER et al., 2005; SMITH et al., 2006; COMBLAIN et al., 2015).

O tratamento da osteoartrite envolve uma abordagem multimodal (STABILE et al., 2019). A principal recomendação é o controle das manifestações clínicas, que compreende na redução da dor, melhora da mobilidade e prevenção da degradação da cartilagem articular, com objetivo de fornecer uma maior qualidade de vida (ROUSH et al., 2010, COMBLAIN et al., 2015). O uso dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e corticoides são tratamento efetivos para doenças osteoarticulares, pois inibem a cicloxigenase (COX) e reduzem a inflamação e dor (FRITSCH et al., 2010a). No entanto, podem causar efeitos adversos com alterações no sistema gastrointestinal, hepático e renal, que podem culminar em hiporexia, êmese, hematêmese e melena (MONTEIRO et al., 2013).

Dessa forma, o uso de nutracêuticos vem ganhando destaque no controle de doenças osteoarticulares de cães. A glucosamina e o sulfato de condroitina são os dois compostos mais comuns de suplementos e ingredientes de alimentos para cães com alterações osteoarticulares (D’ALTILIO et al., 2007). O sulfato de condroitina é um proteoglicano, que fornece elasticidade à cartilagem, extraído de cartilagem animal. Já a glucosamina é extraída de caranguejo, lagosta ou cascas de camarão sendo um precursor de amino-monossacarídeo do dissacarídeo unidade de glicosaminoglicano, que é o bloco de construção de proteoglicanos, substância básica da articulação cartilagem (D’ALTILIO et al., 2007).

Nas últimas décadas vem ganhado destaque os ácidos graxos polinsaturados da série ômega-3, em especial os ácido graxos eicosapentaenóico (EPA; 20:5n-3) e o docosahexaenóico (DHA; 22:6n-3) (BAUER, 2011). Assim como o uso do colágeno não desnaturado tipo II (UC-II) moléculas de matriz extracelular usadas pelas células para integridade estrutural (GORDON; HAHN, 2010). Estudos relacionados demonstram que o ômega 3 e UC-II auxiliam no controle da dor e melhora da mobilidade de cães com doenças osteocarticulares (HANSEN et al., 2008; FRITSCH et al., 2010b; GUPTA et al., 2012). Porém ainda há muitas dúvidas entre os médicos-veterinários sobre informações como eficácia, dose e frequência. Assim, essa revisão tem por objetivo avaliar o uso de nutracêuticos como óleo de peixe rico em EPA e DHA, UC-II e condroitina e glucosamina no controle da dor e progressão das doenças osteoarticulares em cães.

Desenvolvimento

Estudos clínicos

A indústria Pet food busca por formulações que incorporam novas tecnologias para a saúde e melhora na qualidade de vida de cães. Alguns estudos foram realizados para avaliar os potenciais benefícios dos ácidos graxos ômega- 3 como coadjuvantes na prevenção e terapia de certas afecções como doenças cardiovasculares, hipertrigliceridemia, neoplasias e doenças articulares (FREEMAN et al. 1998, BAUER 2011). Por outro lado, os ácidos graxos ômega-6, como linoleico e araquidônico, podem exacerbar o processo inflamatório devido ao aumento da produção de prostaglandinas (PG) E2 e leucotrienos (LT) B4, por meio das vias enzimáticas da COXciclooxigenase e 5-lipooxigenase (ROUSH et al., 2010; HESTA et al.2012). Os mediadores sintetizados a partir do ácido araquidônico (PGE2, PGI2, PGD2, PGF2α, tromboxano A2 e LTB4) possuem maior potencial pró-inflamatório em comparação aos oriundos do EPA (PGE3, PGI3, TXA3 e LTB5) (GARÓFOLO; PETRILLI, 2006). Dessa forma, a ingestão de óleo de peixe que apresenta alta concentração de EPA e DHA, promove o aumento destes ácidos graxos nos fosfolipídeos das membranas celulares competindo com o ácido araquidônico pelas mesmas vias enzimáticas da COXe, como consequência, gera mediadores menos inflamatórios (HESTA et al., 2012). Diversos estudos vêm sendo realizados para avaliar a inclusão de EPA e DHA na dieta ou na suplementação de cães com doenças osteoarticulares (HANSEN et al., 2008; LEBLANC et al., 2008; FRITSCH et al., 2010a ROUSH et al., 2010)

A comparação de um alimento comercial com presença de óleo de peixe (0,41% de EPA e 0,4% de DHA na matéria seca) em comparação a outro alimento comercial considerado controle (< 0,01% de EPA e DHA na matéria seca) em cães com osteoartrite, mostrou melhora na mobilidade incluindo a capacidade de levantar-se, brincar e na locomoção (ROUSH et al., 2010).

Para a avaliação da inclusão do óleo de peixe no alimento extrusado e o efeito em cães com osteoartrite, Fritsch et al., (2010a) incluiu três diferentes níveis de EPA e DHA (0,8%, 2,0% e 2,9% na matéria seca). Os resultados mostraram melhora da claudicação, controle de peso e controle da progressão da doença nos animais que receberam a dieta com maior teor de EPA e DHA (2,9% na matéria seca) quando comparado a dieta com nível mais baixo (0,8% e 2,0% na matéria seca). Cães que apresentavam inflamação na articulação com necessidade cirúrgica, ao receberem um alimento com inclusão de 90mg/kg de EPA e DHA em comparação a um alimento com controle 4,5mg/kg, mostrou redução do ácido araquidônico plasmático, da expressão da metaloproteinases e aumento da expressão dos inibidores das metaloproteinases (HANSEN et al., 2008).

O efeito antiinflamatório também já foi evidenciado em dietas enriquecidas com óleo de peixe contendo 1,75g de EPA por kg de alimento e 2,2g de DHA por kg de alimento com base na matéria seca. Os efeitos benéficos incluíram a redução na concentração sérica de prostraglandinas e atividades das interleucinas IL-1 e IL-6, (LEBLANC et al., 2008).

O uso de antiinflamatório não esteroidais como caprofeno, meloxican e robenacoxibe são de uso corriqueiros no tratamento de doenças osteoarticulares em cães em virtude de sua capacidade de reduzir a dor e inflamação (FRITSCH et al., 2010b; KING et al., 2016; STABILE et al., 2019). No entanto, não são recomendados para pacientes com alterações renais e no trato gastrointestinal (MONTEIRO et al., 2013). Dessa forma, a redução da prescrição desse tipo de fármaco é muito interessante para a melhora das manifestações clínicas da doença e sem efeitos adversos. O uso de óleo de peixe em cães com osteoartrite por um período de 12 semanas permitiu que a terapia com carprofeno fosse reduzida sem ocasionar em piorar as manifestações de dor (FRITSCH et al., 2010b).

A suplementação de UC-II, também já permitiu que a dose do anti- inflamatório fosse reduzida sem ocasionar a piora das manifestações clínicas de cães com osteoartrites (STABILE et al., 2019). Esse estudo prospectivo clínico, randomizado, controlado realizado por Stabile et al. (2019), avaliou o uso durante 30 dias de UC-II (40mg/animal) ou robenacoxibe (1mg/kg/dia) em 60 cães com deficiência de mobilidade induzida por osteoartrite. Segundo os exames ortopédicos, após esse período foi possível evidenciar melhora semelhante da mobilidade com os dois tratamentos.

O UC-II é obtido pela hidrólise enzimática de tecidos de colágeno, por exemplo esterno de galinhas (GUPTA et al., 2012). É a principal proteína estrutural encontrada na cartilagem e é responsável por sua resistência à tração e tenacidade, além de promover flexibilidade e sustentação das articulações ósseas (BAGCHI et a., 2002). A principal característica é sua composição em elevados níveis de glicina e prolina, dois aminoácidos essenciais para a estabilidade e regeneração da cartilagem (WALRAND et al., 2008). O UC-II também apresenta capacidade de redução na resposta inflamatória através da ativação de células T regulatórias (GENCOGLU et al., 2020). Dessa forma, o UC- II tem-se mostrado eficaz na redução da inflamação e dor em pacientes com doenças osteoarticulares pois promove a reparação e regeneração da cartilagem articular (GUPTA et al., 2012; STABILE et al., 2019). Efeitos adversos não foram observados em humanos, cães ou cavalos (GUPTA et a., 2012; LUGO et al., 2013; STABILE et al., 2019).

Em um estudo para avaliar a eficácia clínica e segurança de UC-II, cães obesos com osteoartrites recebendo UC-II com 10 mg de UC-II / dia por 90 dias. Como resultados houve redução nos níveis de dor geral, claudicação e dor durante manipulação do membro após o exercício físico. No mesmo estudo, nenhum efeito adverso clínico e nem bioquímico foram observados. Além disso, houve aumento nos níveis de atividade física durante os 90 dias de tratamento. Após a retirada do UC-II por 30 dias, todos os cães do estudo apresentaram uma recaída geral, dor durante a claudicação relacionada ao exercício e manipulação de membros (DEPARLE et al., 2005). A melhora na prática de atividade física também já foi evidenciada em cães recebendo 40mg/dia de UC-II por dia com melhora nas dores articulares (LUGO et al., 2013).

A glucosamina e a condroitina são geralmente recomendadas por veterinários para o tratamento de osteoartrite em cães (RYCHEL, 2010), apesar da falta de evidências científicas convincentes mostrando benefícios clínicos (BHATHAL, et al., 2017). A glucosamina regula a síntese de colágeno na cartilagem e pode fornecer efeitos antiinflamatórios leves, enquanto o sulfato de condroitina inibe as enzimas destrutivas no fluido articular e na cartilagem (BEALE, 2004). Ambos contribuem para a síntese de glicosaminoglicanos e proteoglicanos, importantes na formação da cartilagem (BEALE, 2004). Plumb (2015) sugeriu um tratamento de 2 a 6 semanas com glucosamina e condroitina para qualquer efeito terapêutico aparente, porém ainda há falta de evidências científicas para apoiar essa afirmação. Além disso, foram observados alguns efeitos adversos como hipersensibilidade, flatulência e fezes pastosas (PLUMB, 2015).

Um estudo prospectivo, randomizado e duplo cego em cães com osteoartrite comparou o uso de nutracêutico (glucosamina, sulfato de codroitina e ascorbato de magnésio), carprofeno, meloxicam e placebo (MOREAU et al., 2003). Os resultados não mostraram melhorias nos pacientes que receberam placebo e o nutracêutico. Outro estudo, ao comparar a administração de glucosamina e condroitina com carprofeno, em cães com alterações osteoarticulares durante 70 dias, mostrou melhora na dor, sustentação de peso e qualidade de vida (McCARTHY et al., 2007). No entanto, o início da resposta clínica para os animais que receberam o tratamento com codroitina e glucosamia foi mais lenta quando comparada aos tratados com carprofeno.

Até o momento, a eficácia do UC-II foi demonstrada ser superior ao uso de glucosamina e a condroitina em cães com osteoartrite (D’ALTILIO et al., 2007; GUPTA et a., 2012; LUGO et al., 2016). Visto que um estudo avaliou cães com osteoartrite suplementados por 180 dias com UC-II (40mg/dia) ou condroitina e glucosamina (1500mg de glucosamina e 1200mg de condroitina). Nessa comparação evidenciou-se melhora na dor, rigidez e prática de atividade física com maior resposta no grupo tratado somente com UC-II do que com associação do UC-II e condroidtina e glucoasamina (LUGO et al., 2016).

Considerações finais

O uso de nutracêuticos coadjuvantes ao tratamento da osteoartrite nos cães apresenta benefícios em virtude ao não acometimento de efeitos colaterais sistêmicos, diferentemente do uso de AINES. A segurança dos suplementos também permite que sejam adicionados no alimento extrusado para prevenção de osteoartrite em cães idosos. O uso de UC-II e o óleo de peixe ômega 3 foram considerados seguros e eficazes no controle de dor e melhora a mobilidade de cães com doenças osteoarticulates.

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