Os cães precisam ser expostos a novas experiências para entender os mais diversos cenários em que se encontram, da mesma forma que ocorre com as pessoas.
Conhecer novos seres, ambientes e personalidades são partes relevantes para um melhor entendimento do todo. “A socialização dos cães tem muita importância durante a fase de crescimento, ou seja, quando ainda são filhotes. A convivência do cão com sua mãe, irmãos e irmãs é o primeiro passo para iniciar uma fase de entendimento de convivência”, observa a Profª Lu Baldan, médica-veterinária especialista em comportamento animal, que reforça a importância de introduzir diferentes experiências para o animal por meio da socialização.
Após o desmame também é importante que seja feito o protocolo vacinal, o qual é fundamental para proteger estes filhotes contra várias doenças infecciosas, como parvovirose e cinomose, que podem ser adquiridas ao ter contato com secreções, objetos ou outros animais infectados.
Este protocolo inicial, incluindo as doses de reforço, é concluído por volta de quatro meses de vida, e neste momento o filhote está apto a ter contato com outros animais de forma mais segura.
Porém, vale ressaltar que isso não significa que você não deve continuar com as ações importantes, para a socialização de seu cãozinho, durante este período de vacinação.
O que pode ser feito neste período é convidar visitas à sua casa e deixá-lo interagir de forma calma, se habituar aos sons de uma conversa, risadas ou até um volume de voz mais alto, experiências relevantes para o seu cão.
Vale até o oferecimento de petiscos, como o PremieR® Cookie Cães Filhotes, quando introduzir novas pessoas ao ambiente em que o animal vive, pois dessa forma ele associará a experiência a algo bom.
Quando meu cão filhote pode sair de casa?
Quando o protocolo vacinal estiver completo, levar o amigão de quatro patas a parques públicos, pet parks ou até mesmo shoppings (hoje vários deles são pet friendly) e este pode ser um passeio para lá de interessante.
A experiência possibilitará aumentar o contato com pessoas e outros cães, além de estimular novas sensações, ao ter contato, por exemplo, com ruídos e odores diferentes.
A médica-veterinária Lu Baldan orienta que antes de iniciar a interação com outros cães em locais públicos, vale uma observação sobre a frequência dos pets naquele ambiente e ressalta a importância de bater um papo com os outros tutores para entender melhor a personalidade de seus cachorros.
“Os cães amigáveis, já habituados a ambientes de brincadeiras compartilhadas, normalmente, sabem respeitar as diferenças de portes e, portanto, dosam naturalmente a intensidade nas interações com outros pets”, avalia a médica veterinária.
Dê tempo ao seu cãozinho
Uma dica fundamental é não forçar a socialização. Respeite o tempo de seu cão e evite dar broncas nesse momento para que o pet não identifique a experiência como algo ruim.
Na verdade, a socialização é um processo que deve ser feito durante toda a vida do animal. Lu Baldan observa que a interação com outros cachorros deve acontecer em lugar amplo e, caso o tutor não se sinta confortável em deixar o animal solto no ambiente, ele pode usar uma guia longa.
“Um erro persistente dos tutores é manter a guia muito curta e tensa. Os cachorros têm um ritual de reconhecimento natural, como cheirar o focinho e a traseira, que permite a leitura corporal adequada do seu novo amigo.
A guia encurtada passa a mensagem de perigo ao seu tutor e, por isso, acaba levando a um comportamento mais arredio do pet em relação aos possíveis amigos”.
Fique atento: a socialização é extremamente importante para os cães, porém, não é remédio para tudo no aspecto comportamental.
A agressividade e ansiedade, por exemplo, podem ter outras causas e você, como tutor, deve procurar a ajuda de um médico veterinário para entender como proceder nestes casos. Além disso, outro gatilho importante é o estresse, tema abordado em nosso blog.