

Castração dos pets: mitos e verdades! Descubra se há riscos e quais os cuidados essenciais para garantir a recuperação do seu animal.
Embora a castração seja uma cirurgia comum e, na maioria dos casos, bastante segura, ela envolve alguns riscos, como qualquer procedimento cirúrgico. A principal forma de amenizá-los é seguir corretamente todas as orientações do médico-veterinário para os cuidados antes e depois da cirurgia.
Os benefícios da castração, como a prevenção de certos tipos de câncer, a redução do risco de doenças reprodutivas e o controle de comportamentos indesejados, frequentemente superam os riscos. Dessa forma, a castração do seu pet é uma forma de buscar mais saúde e bem-estar para ele a longo prazo.
Conheça as possíveis complicações da castração pet

Muitas vezes, mesmo seguindo as orientações veterinárias e todos os cuidados com o seu pet, algumas complicações podem aparecer após a cirurgia, como por exemplo dor, inchaços e hematomas que, apesar de comuns e normalmente melhorarem após alguns dias, devem sempre ser comunicados ao médico-veterinário.
A longo prazo algumas complicações merecem ser observadas com muita atenção, dentre as principais estão:
Incontinência urinária nas cadelas
A incontinência urinária é uma possível complicação relacionada à castração, podendo acometer até 20% das cadelas castradas. Ela acontece quando o animal urina sem querer, seja em pequenas gotinhas que ficam pela casa ou até mesmo um grande volume de uma só vez, podendo alternar com episódios de micção (ato de urinar) normal.
Acredita-se que esse problema ocorra devido à redução de alguns hormônios, especialmente do estrogênio, após a remoção dos ovários. O estrogênio desempenha um papel importante na força do esfíncter urinário (músculo que controla a saída da urina), e sem ele esse músculo pode ficar mais fraco, levando a perdas involuntárias de urina.
Essa condição é mais comum em fêmeas de porte grande ou em raças predispostas geneticamente. Caso você tenha uma cadela com essa complicação, não se desespere, felizmente a incontinência urinária após a castração pode ser controlada com medicamentos específicos, que ajudam a fortalecer o esfíncter e a manter a qualidade de vida da sua cachorrinha.
Síndrome do ovário remanescente
A Síndrome do Ovário Remanescente é uma condição que pode ocorrer quando pequenos fragmentos de tecido do ovário permanecem no corpo após a cirurgia de castração de fêmeas.
Esses fragmentos podem continuar a produzir hormônios, causando manifestações semelhantes ao cio, como sangramento, mudanças de comportamento e atração de machos. A síndrome pode acontecer por erros técnicos durante a castração ou, em casos raros, quando existem células ovarianas fora do ovário.
O diagnóstico é feito por exames de ultrassom e hormonais, e o tratamento geralmente envolve uma nova cirurgia para remover o tecido remanescente, resolvendo os sinais e comportamentos e evitando problemas futuros.
A castração é segura?

Desde que realizada por médicos-veterinários qualificados e com os devidos cuidados antes, durante e depois do procedimento, a castração é uma cirurgia rápida, simples e segura, geralmente apresenta baixo risco e oferece muitos benefícios à saúde do pet.
Os cuidados começam com uma consulta pré-operatória em que o médico-veterinário vai avaliar o seu peludo e solicitar alguns exames para garantir que ele esteja apto a ser anestesiado e passar pela cirurgia. É muito importante que a anestesia seja inalatória, pois garante maior segurança e minimiza riscos e complicações.
No dia da cirurgia é fundamental seguir as orientações de jejum de líquidos e alimentos conforme recomendado.
Cuidados no pós-operatório da castração

Após a cirurgia, seu amiguinho ficará em observação por algumas horas até que se recupere totalmente da anestesia. É normal que ele não sinta fome ou sede nas primeiras horas, mas certifique-se de que, ao chegar em casa, ele tenha acesso à água e alimento, de preferência um alimento bastante palatável, pois é normal que ele ainda não esteja com muito apetite.
A PremieRpet® possui linhas de alimentos úmidos de elevada qualidade e palatabilidade, que ao serem fornecidos em associação com a ração seca, são excelentes opções para esses casos, as linhas PremieR® Gourmet, PremieR® Orgânico e PremieR® Nattú.
No momento que seu pet receber alta, o cirurgião vai orientar sobre os principais cuidados no pós-operatório da castração para garantir uma recuperação rápida e sem complicações. Durante a os primeiros dias é fundamental que seu pet descanse e evite atividades intensas, como correr e pular, para evitar que os pontos se abram.
O colar elizabetano, também conhecido como “cone”, impede que o animal lamba ou coce a área da cirurgia, o que poderia causar infecções, problemas na cicatrização e abertura dos pontos. O colar deve ser usado conforme a orientação do médico-veterinário, geralmente até a retirada dos pontos, e você não deve retirá-lo em nenhum momento.
Caso seu pet não se adapte aos colares convencionais, existem opções mais macias, flexíveis e confortáveis. No caso de fêmeas, se o médico-veterinário permitir, o colar pode ser substituído pela roupa cirúrgica, já que ela também limita o acesso ao local da cirurgia.
Possivelmente o médico-veterinário irá prescrever alguns medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, para evitar dor e infecções. Siga rigorosamente a dosagem e horário indicados para garantir o conforto e a segurança do pet.
Além disso, a incisão deve ser mantida limpa e seca conforme orientação, e qualquer alteração, como vermelhidão intensa, inchaço, ou secreção suspeita, deve ser comunicada ao médico-veterinário imediatamente. Observe também o comportamento do seu amigo — sinais de apatia, febre, vômito ou dor intensa podem indicar complicações.
Seguir essas recomendações e manter o acompanhamento com o médico-veterinário permitirá que o pet tenha boas condições para uma recuperação tranquila e saudável.
Quando retornar ao médico-veterinário após a castração?

Juntamente com as orientações, o médico-veterinário deverá conversar com você sobre o retorno, que, não havendo nenhuma complicação, é marcado normalmente após 10 a 15 dias para reavaliar o pet, acompanhar sua recuperação e retirar os pontos.
Durante essa visita, o médico-veterinário examinará a área da cirurgia para verificar se a cicatrização está adequada e garantir que não há infecção, inflamação ou outros problemas. Esse retorno também é importante para ajustar o plano de cuidados, caso o pet apresente alguma complicação leve ou necessite de acompanhamento adicional.
É importante ressaltar que o pet castrado tem maior predisposição ao ganho excessivo de peso, portanto uma mudança na alimentação poderá ser indicada.
A PremieRpet® possui alimentos específicos para pets castrados, tanto nas linhas de gatos quanto nas de cães, com níveis reduzidos de gorduras e calorias, e elevados níveis de proteínas e fibras, com o objetivo de manter seu amiguinho em forma.
O que fazer caso o pet consiga tirar os pontos?
Isso não vai acontecer se você seguir corretamente a orientação de manter seu pet com o colar elizabetano e/ou a roupinha cirúrgica. Mas, caso seu pet consiga tirar os pontos, primeiramente, examine a área da incisão com cuidado para verificar se há sinais de sangramento, inchaço ou secreção.
Em seguida, entre em contato com o médico-veterinário o mais rápido possível para uma avaliação e, caso necessário, refazer os pontos ou realizar outros procedimentos.
A castração é um procedimento seguro e muito recomendado, mas seu sucesso e os benefícios dependem de cuidados no pós-operatório.
Seguir as orientações do médico-veterinário após a cirurgia é essencial para que a recuperação seja tranquila e livre de complicações.