Texto produzido por: Prof. Dr. Fábio Teixeira (Docente da Faculdade Anclivepa. Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos da Anclivepa. Orientador específico pelo Programa de Pós-graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). Membro e Fundador da Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Sócio fundador da Nutricare Vet. MV, MSc, Dr pela FMVZ/USP. Residência em nutrição e nutrição clínica pela FCAV/UNESP Jaboticabal.)
Por muito tempo, na literatura, foram relatados casos de deficiência nutricional, sempre associados a animais que comiam restos de alimentação humana, sobras da caça ou conteúdo excedente de abatedouros. Com o advento dos alimentos completos comerciais, a incidência destas doenças diminuiu, porém, nos últimos anos, parece estar aumentando o número de médicos-veterinários, criadores e tutores de animais de companhia interessados em alimentação caseira, popularmente conhecida como “alimentação natural” [1-3].
Além de riscos sanitários, o grande risco associado à alimentação caseira, principalmente quando não prescrita por veterinário capacitado, é a possibilidade de promover deficiências nutricionais. Pesquisas observaram que dietas publicadas em sites e livros ou mesmo prescritas por médicos-veterinários [4–7] não suprem a necessidade nutricional dos animais. Vale ressaltar que mesmo quando o veterinário realiza a adequada prescrição nutricional, a dieta pode sofrer alterações pelo tutor tornando-a incompleta [2,8–10]. Dessa forma, na rotina clínica, novos casos de deficiência nutricional estão sendo diagnosticados, com consequências graves aos animais [11–14].
O hiperparatireoidismo secundário nutricional (HPTSN) está entre as consequências mais relatadas de deficiência nutricional observada em cães recebendo alimentação caseira [12–18]. Em decorrência da deficiência de cálcio, há aumento da produção e secreção de paratormônio, que estimula a reabsorção óssea por aumento da atividade dos osteoclastos e osteócitos. O aumento do turnover ósseo modifica sua estabilidade, gera osteopenia (observada nos exames radiográficos) e predispõe o animal a fraturas patológicas [19].
A deficiência de cálcio pode ser causada pelo consumo de alimentação caseira não suplementada, alimentos comerciais inadequadamente balanceados ou pelo excesso de fitatos em alimentos de baixa qualidade que quelam o cálcio no intestino e diminuem sua absorção. É importante observar que animais com hiperparatireoidismo secundário nutricional não necessariamente apresentarão hipocalcemia, pois as concentrações sanguíneas de cálcio são mantidas dentro do valor de referência pela mobilização de cálcio ósseo [12,19].
Além da origem nutricional, deve ser avaliada a possibilidade de diagnósticos diferenciais como o hiperparatireoidismo primário e o secundário renal. O segundo deve ser excluído com a avaliação do paciente (ausência de manifestações clínicas como poliúria e polidipsia) e exames complementares como dosagem da concentração sérica de creatinina e SDMA (dimetilarginina simétrica), que auxiliam no diagnóstico da doença renal crônica [20]. Deve-se ressaltar que em casos de pacientes que apresentam doença renal, mas recebem alimentação caseira sem acréscimo de suplementação adequada, pode ocorrer tanto o HPTSN como o secundário renal. Nos quadros de HPTSN, a readequação dietética com alimentação completa, tende a surtir efeito positivo com total recuperação do paciente [19].
A Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais, Associação Americana de Médicos de Felinos, Colégio Americano de Nutrição Veterinária, Associação Canadense de Medicina Veterinária e a Associação Americana de Hospitais Veterinários, determinam que a alimentação caseira é importante fator de risco nutricional. Estas entidades também instituíram que a avaliação nutricional é o quinto parâmetro vital e deve ser realizada em todos os atendimentos veterinários [21,22], o que a torna importante ferramenta diagnóstica de deficiência, visto que durante a anamnese nutricional é possível avaliar se a alimentação do paciente é adequada, além da origem da prescrição do alimento que o animal recebe atualmente (além da anamnese nutricional completa, contemplam a avaliação nutricional também o exame físico completo com a avaliação de escore de condição corporal e escore de massa muscular).
Pesquisas demonstram que as alimentações que são recomendadas por leigos tendem a ser mais deficientes do que as prescritas por médicos-veterinários [5,23]. Os médicos-veterinários continuam sendo a principal fonte de informação aos tutores sobre a saúde dos animais, incluindo a nutrição [23]. Assim, problemas graves podem ser evitados se a prescrição dietética for realizada de maneira adequada [2].
No Brasil, assim como em outros países, os veterinários estão diante do desafio de permanecerem atualizados no tema nutrição e nutrição clínica para melhor orientar os tutores, tanto de animais saudáveis como doentes. Além disso, os veterinários devem considerar e compreender as questões ideológicas e culturais que envolvem o ato de ofertar alimento aos cães e gatos, uma vez que a saúde e o bem-estar dos pacientes devem ser priorizados, ao passo que as dietas devem ser prescritas de modo que estejam pautadas em evidências científicas. Para leitura complementar sobre este tema é indicado o artigo vencedor do 2° Prêmio de Pesquisa PremieRpet® intitulado “Deficiências nutricionais graves em cão recebendo dieta de eliminação caseira”.
PremieR® Nutrição Clínica
Linha de alimentos coadjuvantes formulada aliando ciência e tecnologia de alta performance, com o objetivo de fornecer suporte nutricional adequado no tratamento das principais doenças que acometem cães e gatos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. Commercial and home-prepared diets. In: FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. (Eds.). Applied Veterinary Clinical Nutrition. 1. ed. California: Wiley-Blackwell, 2012. p. 95–108.
[2] MICHEL, K. E. Unconventional diets for dogs and cats. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, v. 36, n. 6, p. 1269–81, vi–vii, nov. 2006.
[3] CONNOLLY, K. M.; HEINZE, C. R.; FREEMAN, L. M. Feeding practices of dog breeders in the United States and Canada. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 245, n. 6, p. 669–76, 15 set. 2014.
[4] PEDRINELLI, V.; GOMES, M. DE O. S.; CARCIOFI, A. C. Analysis of recipes of home-prepared diets for dogs and cats published in Portuguese. Journal of Nutritional Science, v. 6, n. 33, p. 1–5, 2017.
[5] STOCKMAN, J. et al. Evaluation of recipes of home-prepared maintenance diets for dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 242, n. 11, p. 1500–5, 1 jun. 2013.
[6] STREIFF, E. L. et al. A comparison of the nutritional adequacy of home-prepared and commercial diets for dogs. The Journal of nutrition, v. 132, n. 6 Suppl 2, p. 1698S–700S, jun. 2002.
[7] ROUDEBUSH, P.; COWELL, C. S. Results of a Hypoallergenic Diet Survey of Veterinarians in North America with a Nutritional Evaluation of Homemade Diet Prescriptions. Veterinary Dermatology, v. 3, n. 1, p. 23–28, mar. 1992.
[8] OLIVEIRA, M. C. C. et al. Evaluation of the owner’s perception in the use of homemade diets for the nutritional management of dogs. Journal of Nutritional Science, v. 3, n. 23, p. 1–5, 25 set. 2014.
[9] HALFEN, D. P. et al. Dog owners consider homemade diet as adequate, but change the prescribed formulas. Pesquisa Veterinaria Brasileira, v. 37, n. 12, 2017.
[10] JOHNSON, L. N. et al. Evaluation of owner experiences and adherence to home-cooked diet recipes for dogs. Journal of Small Animal Practice, v. 57, n. 1, p. 23–27, 2016.
[11] TEIXEIRA, F. A.; SANTOS, A. L. S. Deficiências nutricionais graves em cão recebendo dieta de eliminação caseira. Veterinary & Science, v. 18, p. 26–38, 2016.
[12] DE FORNEL-THIBAUD, P. et al. Unusual case of osteopenia associated with nutritional calcium and vitamin D deficiency in an adult dog. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 43, n. 1, p. 52–60, 2007.
[13] HUTCHINSON, D. et al. Seizures and severe nutriente deficiencies in a puppy fed a homemade diet. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 241, n. 4, p. 477–483, 1 ago. 2012.
[14] TAYLOR, M. B. et al. Diffuse osteopenia and myelopathy in a puppy fed a diet composed of an organic premix and raw ground beef. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 234, n. 8, p. 1041–8, 15 abr. 2009.
[15] DELAY, J.; LAING, J. Nutritional osteodystrophy in puppies fed a BARF diet. AHL Newsletter, v. 6, n. 2, p. 23, 2002.
[16] KAWAGUCHI, K. et al. Nutritional secondary hyperparathyroidism occurring in a strain of german shepherd puppies. Japanese Journal of Veterinary Research, v. 41, n. 2–4, p. 89–96, 30 nov. 1993.
[17] SVOBODA, M.; DOUBEK, J.; ZERT, Z. Secondary hyperparathyroidism in dogs. Veterinární medicína, v. 39, n. 1, p. 29–36, jan. 1994.
[18] LOURENS, D. C. Nutritional or secondary hyperparathyroidism in a German shepherd litter. Journal of the South African Veterinary Association, v. 51, n. 2, p. 121–3, jun. 1980.
[19] HAZEWINKEL, H. Nutritional Management of Orthopedic Diseases. In: FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. (Eds.). Applied Veterinary Clinical Nutrition. 1. ed. Iowa: Wiley-Blackwell, 2012. p. 125–155.
[20] POLZIN, D. J. Evidence-based step-wise approach to managing chronic kidney disease in dogs and cats. Journal of veterinary emergency and critical care (San Antonio, Tex.: 2001), v. 23, n. 2, p. 205–15, 2013.
[21] BALDWIN, K. et al. AAHA Nutritional Assessment Guidelines for Dogs and Cats. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 46, n. 4, p. 285–296, 2010.
[22] FREEMAN, L. et al. WSAVA nutritional assessment guidelines. Journal of feline medicine and surgery, v. 13, n. 7, p. 516–25, 1 jul. 2011.
[23] LAFLAMME, D. P. et al. Pet feeding practices of dog and cat owners in the United States and Australia. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 232, n. 5, p. 687–94, 1 mar. 2008.
31 de janeiro de 2023
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Texto produzido por: Prof. Dr. Fábio Teixeira (Docente da Faculdade Anclivepa. Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos da Anclivepa. Orientador específico pelo Programa de Pós-graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). Membro e Fundador da Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Sócio fundador da Nutricare Vet. MV, MSc, Dr pela FMVZ/USP. Residência em nutrição e nutrição clínica pela FCAV/UNESP Jaboticabal.)
Por muito tempo, na literatura, foram relatados casos de deficiência nutricional, sempre associados a animais que comiam restos de alimentação humana, sobras da caça ou conteúdo excedente de abatedouros. Com o advento dos alimentos completos comerciais, a incidência destas doenças diminuiu, porém, nos últimos anos, parece estar aumentando o número de médicos-veterinários, criadores e tutores de animais de companhia interessados em alimentação caseira, popularmente conhecida como “alimentação natural” [1-3].
Além de riscos sanitários, o grande risco associado à alimentação caseira, principalmente quando não prescrita por veterinário capacitado, é a possibilidade de promover deficiências nutricionais. Pesquisas observaram que dietas publicadas em sites e livros ou mesmo prescritas por médicos-veterinários [4–7] não suprem a necessidade nutricional dos animais. Vale ressaltar que mesmo quando o veterinário realiza a adequada prescrição nutricional, a dieta pode sofrer alterações pelo tutor tornando-a incompleta [2,8–10]. Dessa forma, na rotina clínica, novos casos de deficiência nutricional estão sendo diagnosticados, com consequências graves aos animais [11–14].
O hiperparatireoidismo secundário nutricional (HPTSN) está entre as consequências mais relatadas de deficiência nutricional observada em cães recebendo alimentação caseira [12–18]. Em decorrência da deficiência de cálcio, há aumento da produção e secreção de paratormônio, que estimula a reabsorção óssea por aumento da atividade dos osteoclastos e osteócitos. O aumento do turnover ósseo modifica sua estabilidade, gera osteopenia (observada nos exames radiográficos) e predispõe o animal a fraturas patológicas [19].
A deficiência de cálcio pode ser causada pelo consumo de alimentação caseira não suplementada, alimentos comerciais inadequadamente balanceados ou pelo excesso de fitatos em alimentos de baixa qualidade que quelam o cálcio no intestino e diminuem sua absorção. É importante observar que animais com hiperparatireoidismo secundário nutricional não necessariamente apresentarão hipocalcemia, pois as concentrações sanguíneas de cálcio são mantidas dentro do valor de referência pela mobilização de cálcio ósseo [12,19].
Além da origem nutricional, deve ser avaliada a possibilidade de diagnósticos diferenciais como o hiperparatireoidismo primário e o secundário renal. O segundo deve ser excluído com a avaliação do paciente (ausência de manifestações clínicas como poliúria e polidipsia) e exames complementares como dosagem da concentração sérica de creatinina e SDMA (dimetilarginina simétrica), que auxiliam no diagnóstico da doença renal crônica [20]. Deve-se ressaltar que em casos de pacientes que apresentam doença renal, mas recebem alimentação caseira sem acréscimo de suplementação adequada, pode ocorrer tanto o HPTSN como o secundário renal. Nos quadros de HPTSN, a readequação dietética com alimentação completa, tende a surtir efeito positivo com total recuperação do paciente [19].
A Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais, Associação Americana de Médicos de Felinos, Colégio Americano de Nutrição Veterinária, Associação Canadense de Medicina Veterinária e a Associação Americana de Hospitais Veterinários, determinam que a alimentação caseira é importante fator de risco nutricional. Estas entidades também instituíram que a avaliação nutricional é o quinto parâmetro vital e deve ser realizada em todos os atendimentos veterinários [21,22], o que a torna importante ferramenta diagnóstica de deficiência, visto que durante a anamnese nutricional é possível avaliar se a alimentação do paciente é adequada, além da origem da prescrição do alimento que o animal recebe atualmente (além da anamnese nutricional completa, contemplam a avaliação nutricional também o exame físico completo com a avaliação de escore de condição corporal e escore de massa muscular).
Pesquisas demonstram que as alimentações que são recomendadas por leigos tendem a ser mais deficientes do que as prescritas por médicos-veterinários [5,23]. Os médicos-veterinários continuam sendo a principal fonte de informação aos tutores sobre a saúde dos animais, incluindo a nutrição [23]. Assim, problemas graves podem ser evitados se a prescrição dietética for realizada de maneira adequada [2].
No Brasil, assim como em outros países, os veterinários estão diante do desafio de permanecerem atualizados no tema nutrição e nutrição clínica para melhor orientar os tutores, tanto de animais saudáveis como doentes. Além disso, os veterinários devem considerar e compreender as questões ideológicas e culturais que envolvem o ato de ofertar alimento aos cães e gatos, uma vez que a saúde e o bem-estar dos pacientes devem ser priorizados, ao passo que as dietas devem ser prescritas de modo que estejam pautadas em evidências científicas. Para leitura complementar sobre este tema é indicado o artigo vencedor do 2° Prêmio de Pesquisa PremieRpet® intitulado “Deficiências nutricionais graves em cão recebendo dieta de eliminação caseira”.
PremieR® Nutrição Clínica
Linha de alimentos coadjuvantes formulada aliando ciência e tecnologia de alta performance, com o objetivo de fornecer suporte nutricional adequado no tratamento das principais doenças que acometem cães e gatos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. Commercial and home-prepared diets. In: FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. (Eds.). Applied Veterinary Clinical Nutrition. 1. ed. California: Wiley-Blackwell, 2012. p. 95–108.
[2] MICHEL, K. E. Unconventional diets for dogs and cats. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, v. 36, n. 6, p. 1269–81, vi–vii, nov. 2006.
[3] CONNOLLY, K. M.; HEINZE, C. R.; FREEMAN, L. M. Feeding practices of dog breeders in the United States and Canada. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 245, n. 6, p. 669–76, 15 set. 2014.
[4] PEDRINELLI, V.; GOMES, M. DE O. S.; CARCIOFI, A. C. Analysis of recipes of home-prepared diets for dogs and cats published in Portuguese. Journal of Nutritional Science, v. 6, n. 33, p. 1–5, 2017.
[5] STOCKMAN, J. et al. Evaluation of recipes of home-prepared maintenance diets for dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 242, n. 11, p. 1500–5, 1 jun. 2013.
[6] STREIFF, E. L. et al. A comparison of the nutritional adequacy of home-prepared and commercial diets for dogs. The Journal of nutrition, v. 132, n. 6 Suppl 2, p. 1698S–700S, jun. 2002.
[7] ROUDEBUSH, P.; COWELL, C. S. Results of a Hypoallergenic Diet Survey of Veterinarians in North America with a Nutritional Evaluation of Homemade Diet Prescriptions. Veterinary Dermatology, v. 3, n. 1, p. 23–28, mar. 1992.
[8] OLIVEIRA, M. C. C. et al. Evaluation of the owner’s perception in the use of homemade diets for the nutritional management of dogs. Journal of Nutritional Science, v. 3, n. 23, p. 1–5, 25 set. 2014.
[9] HALFEN, D. P. et al. Dog owners consider homemade diet as adequate, but change the prescribed formulas. Pesquisa Veterinaria Brasileira, v. 37, n. 12, 2017.
[10] JOHNSON, L. N. et al. Evaluation of owner experiences and adherence to home-cooked diet recipes for dogs. Journal of Small Animal Practice, v. 57, n. 1, p. 23–27, 2016.
[11] TEIXEIRA, F. A.; SANTOS, A. L. S. Deficiências nutricionais graves em cão recebendo dieta de eliminação caseira. Veterinary & Science, v. 18, p. 26–38, 2016.
[12] DE FORNEL-THIBAUD, P. et al. Unusual case of osteopenia associated with nutritional calcium and vitamin D deficiency in an adult dog. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 43, n. 1, p. 52–60, 2007.
[13] HUTCHINSON, D. et al. Seizures and severe nutriente deficiencies in a puppy fed a homemade diet. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 241, n. 4, p. 477–483, 1 ago. 2012.
[14] TAYLOR, M. B. et al. Diffuse osteopenia and myelopathy in a puppy fed a diet composed of an organic premix and raw ground beef. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 234, n. 8, p. 1041–8, 15 abr. 2009.
[15] DELAY, J.; LAING, J. Nutritional osteodystrophy in puppies fed a BARF diet. AHL Newsletter, v. 6, n. 2, p. 23, 2002.
[16] KAWAGUCHI, K. et al. Nutritional secondary hyperparathyroidism occurring in a strain of german shepherd puppies. Japanese Journal of Veterinary Research, v. 41, n. 2–4, p. 89–96, 30 nov. 1993.
[17] SVOBODA, M.; DOUBEK, J.; ZERT, Z. Secondary hyperparathyroidism in dogs. Veterinární medicína, v. 39, n. 1, p. 29–36, jan. 1994.
[18] LOURENS, D. C. Nutritional or secondary hyperparathyroidism in a German shepherd litter. Journal of the South African Veterinary Association, v. 51, n. 2, p. 121–3, jun. 1980.
[19] HAZEWINKEL, H. Nutritional Management of Orthopedic Diseases. In: FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. (Eds.). Applied Veterinary Clinical Nutrition. 1. ed. Iowa: Wiley-Blackwell, 2012. p. 125–155.
[20] POLZIN, D. J. Evidence-based step-wise approach to managing chronic kidney disease in dogs and cats. Journal of veterinary emergency and critical care (San Antonio, Tex.: 2001), v. 23, n. 2, p. 205–15, 2013.
[21] BALDWIN, K. et al. AAHA Nutritional Assessment Guidelines for Dogs and Cats. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 46, n. 4, p. 285–296, 2010.
[22] FREEMAN, L. et al. WSAVA nutritional assessment guidelines. Journal of feline medicine and surgery, v. 13, n. 7, p. 516–25, 1 jul. 2011.
[23] LAFLAMME, D. P. et al. Pet feeding practices of dog and cat owners in the United States and Australia. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 232, n. 5, p. 687–94, 1 mar. 2008.